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Quantos sonhos cabem em uma maleta?

Notícia
6 dezembro 2019
Quantos sonhos cabem em uma maleta?

Uma maleta que mobiliza educadores e estudantes a pensarem a pluralidade e o protagonismo de jovens brasileiros: o projeto, que nasceu em 2016, é uma parceria entre o Canal Futura e o CIEDS e vem trabalhando o tema ‘juventudes’ de forma interdisciplinar em escolas do Rio de Janeiro e do Ceará. Na maleta colorida e personalizada há uma coletânea de programas, documentários, produtos lúdicos e educativos que promovem a reflexão sobre as vivências e participação dos jovens na sociedade. 

Em 2018 e 2019, a Maleta acompanhou agentes de leitura e professores de 60 escolas na capital do Rio de Janeiro e em municípios da Baixada Fluminense, possibilitando a abordagem e discussão de temáticas como educação, cultura, cidadania e saúde, e impactando a vida de milhares de estudantes e suas comunidades.

O resultado dessas ações foi apresentado na última sexta-feira, no evento de encerramento do projeto em 2019. “A Maleta unifica o grupo, cada vez mais professores se interessam em participar e se envolvem com o projeto, ela torna a escola viva”, é o que conta Alinnie Silvestre, agente de leitura do CIEP Frei Agostinho Fíncias, no Engenho Novo. A escola se engajou durante o ano e, junto à Maleta, desenvolveu atividades  sobre ética, cidadania e mercado de trabalho, um tema importante para os jovens estudantes que serão os profissionais do futuro. Além disso, o espaço da biblioteca também foi reestruturado e passou a abrigar a sala de leitura. 

Outras escolas trabalharam ainda o combate à violência contra a mulher, feminicídio e bullyng. Saúde mental também foi um dos temas que teve destaque nas ações de 2019, com atividades relacionadas à prevenção ao suicídio. As juventudes discutiram sobre empreendedorismo, tecnologia e participação social, e houve espaço para falar sobre diversidade cultural, inclusão e combate ao racismo e à homofobia. 

Para Alinnie, o projeto agrupa professores, equipe diretiva e alunos, o que é essencial para a convivência no ambiente escolar e na troca entre os pares: “Ele traz os temas das juventudes que nós recebemos na escola, juventudes no plural porque não são uma só. Assim como a humanidade, existem diferenças, e elas devem ser celebradas porque nós aprendemos com as diferenças. A Maleta nos ensina isso”.

Pensar na territorialidade, falar sobre discriminação, gênero, trabalho e renda mantém acesa a chama dos sonhos e o entusiasmo dos jovens. O brilho também é visto no olhar de quem educa e acredita no poder das juventudes: “Hoje estamos colhendo os frutos desse diálogo, é preciso que a escola escute os alunos. Eu espero que eles sejam cada vez mais os protagonistas da educação porque é ela quem transforma”.