Em 26 de outubro, ocorreu a reunião socioassistencial da Vila Luzita, em Santo André (SP) com o tema “infância”. Para falar sobre esse assunto, Renata Silene, coordenadora do Intervenção Psicossocial Emergencial, projeto do CIEDS em parceria com a Secretaria de Inclusão Social da Prefeitura de Santo André, convidou o psicólogo do Espaço de Convivência para Criança e Adolescente em Situação de Rua (ECCA-Sé), Edimar da Costa que compartilhou experiências do seu trabalho com o público infantojuvenil, dentre muitas neste equipamento da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social da Prefeitura de São Paulo gerenciado pelo CIEDS.
Na palestra, Edimar destacou a importância do brincar na infância e os motivos pelos quais as crianças acabam sendo privadas disso, o que é uma quebra de direitos. Ainda trouxe informações recebidas no Seminário de Trabalho Infantil - Aprendizagem e Justiça do Trabalho, realizado de 9 a 11 de outubro, em Brasília. O evento organizado pelo Tribunal Superior do Trabalho e Conselho Superior da Justiça do Trabalho reuniu magistrados, procuradores, auditores fiscais do trabalho, servidores, representantes de organizações não governamentais, professores e estudantes para debater questões sobre essa grave violação de direitos humanos representada pelo trabalho infantil. Segundo um tratado internacional assinado pelo Brasil, o País tem duas metas a serem cumpridas: erradicar as piores formas de trabalho infantil até 2015, ou seja, atividades ligadas à exploração sexual, ao tráfico, à escravidão, ao corte de cana, entre outras. Até 2020, erradicar todas as formas de trabalho infantil. “Com a chegada da Copa do Mundo e das Olimpíadas ao Brasil, o trabalho informal de crianças e de adolescentes tende a crescer ao redor dos estádios e dos parques esportivos em construção. Precisamos estar atentos a isso”, alerta o psicólogo do ECCA-Sé. E completa: “A educação é o caminho. Ela traz um olhar mais abrangente a todas as questões e deveria ser o foco de todos os governos”.
Estiveram presentes na reunião, 12 integrantes da rede sociassistencial da Vila Luzita, como a presidenta da Associação de Moradores do Conjunto Habitacional do Jardim Santo André, Maria Jesus Cajazeiro que afirmou “ter gostado muito e aprendido muito”. Além das equipes do Projovem Adolescente, do Intervenção Emergencial e do Programa ECOA - Núcleo de Sustentabilidade Utinga, projetos do CIEDS com atuação em Santo André. Da Direção do Departamento de Assistência Social, participou Marina do Carmo Bonini Panebianco. Ela considerou a formação “uma oportunidade única de troca de informações e de conhecimentos”. Essa opinião é compartilhada por Edimar que também viu “um debate rico”.
O CIEDS valoriza e busca incentivar momentos de interação entre projetos, entre colaboradores e entre comunidades, pois é aí que as trocas e os aprendizados são potencializados, permitindo que todos cresçam.