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‘Pessoas e Negócios Saudáveis’ distribui refeições em comunidades, fortalece microempreendedores locais e organizações sociais

Notícia
21 abril 2020
‘Pessoas e Negócios Saudáveis’ distribui refeições em comunidades, fortalece microempreendedores locais e organizações sociais

Diante do cenário de pandemia provocado pelo coronavírus, a segurança alimentar da população em alta vulnerabilidade está em risco. Ao mesmo tempo, micro e pequenos empreendedores de territórios periféricos tiveram seus negócios afetados e passam por momentos de preocupação. O projeto Pessoas e Negócios Saudáveis, uma iniciativa do CIEDS, que já conta com a parceria com o Instituto Unibanco, chega justamente para implantar dois núcleos de segurança alimentar, com mediação coordenada por uma ONG local.

Comunidades periféricas, em municípios do Rio de Janeiro e do Ceará, serão beneficiadas com 50 refeições por dia cada, distribuídas durante seis meses. Todas serão feitas por micro e pequenos empreendedores locais, identificados pelas lideranças comunitárias, que por sua vez farão a distribuição do alimento. Com isso, não só a população terá acesso a alimentos de qualidade durante o período da pandemia, como também os negócios locais serão fortalecidos em sua capacidade de sobrevivência.

"Recebemos doações de cestas básicas, mas identificamos que há pessoas que sequer conseguem cozinhar, seja porque não têm gás, ou não têm fogão, ou não têm possibilidade de cozinhar por algum motivo. Por isso, a produção de quentinhas é tão importante. [Com o projeto,] a gente vai conseguir ampliar o atendimento", conta Verônica Gomes, voluntária e assistente social, à frente do CCIK (Centro Comunitário Irmãos Kennedy), uma das lideranças comunitárias envolvidas no projeto Pessoas e Negócios Saudáveis.

Desde a segunda-feira (20), já começaram as distribuições dos pratos de comida na Vila Kennedy, no Rio de Janeiro, onde Verónica atua, e ainda em Croatá e Coaçu, em Pacajus, município no Ceará. Em breve, serão mobilizadas também outras comunidades. As famílias que participarem serão monitoradas por assistentes sociais e os negócios ganharão mentoria gratuita.

"Os desafios já existiam: desemprego, falta de acesso à saúde. Com o coronavírus, eles só aumentaram. Para essas pessoas, hoje, é ainda mais assustador você ficar doente e não ter atendimento". Verônica completa que, sempre que uma refeição for entregue, serão passadas também informações sobre os riscos de contágio e formas de prevenção.

"Informação é extremamente importante. Muitas pessoas não têm noção da gravidade do problema. As crianças continuam nas ruas, brincando. A gente está chegando onde de verdade o estado não chega. Eu virei a tia do sabão".