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Cultura Afro-brasileira na Escola CIEDS

Notícia
10 dezembro 2003
Cultura Afro-brasileira na Escola CIEDS

O Projeto dos jovens da turma do Morro de São Carlos concorreu com outros dois projetos apresentados pelas turmas das Escolas de Minas Gerais e São Paulo, e vai oferecer aos moradores do Morro de São Carlos e das comunidades vizinhas serviços de cabeleireiro especializado em penteados e cortes estilizados que valorizam a estética afro-brasileira. Turmas de jovens em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo Em 2008, a Escola CIEDS abriu turmas voltadas especificamente para jovens.

No Rio de Janeiro foi aberta uma turma financiada com recursos de incentivo fiscal do Governo do Estado, o ICMS, no Morro do São Carlos, zona norte do Rio, trabalhando especificamente com cultura. A capital paulista recebeu uma turma da Escola, no bairro da Vila Nova Cachoeirinha, sediada no Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso, com o apoio da Xérox do Brasil, por meio da área de responsabilidade social.

E em Minas Gerais, a Escola reuniu 30 jovens, entre 16 e 26 anos, moradores da Vila São José, região noroeste da cidade, para discutir os conceitos de desenvolvimento e empreendedorismo e formular seus Planos de Desenvolvimento Individual. Fazendo a Cabeça contra a discriminação O Projeto Fazendo a Cabeça prevê a realização oficinas que abordam não só as técnicas de trançar e cortar cabelos, mas que também discutem a cultura afro brasileira, suas origens, tradições e manifestações.

O projeto é, portanto, uma oportunidade não só de profissionalização, mas principalmente uma proposta de reflexão sobre a cultura afro e o incentivo a uma prática de sua valorização. Começando a pesquisar e conhecer um pouco das raízes culturais. Não é à toa que o primeiro objetivo citado pelos jovens que formularam o projeto é combater a discriminação contra as manifestações afro. Eles querem levantar a auto-estima dos negros que não se aceitam.

Tássia Pereira diz que a discriminação existe, sim. “Tanto que tem que ter cota para negro. cota de trabalho, cota para a faculdade. Isso não deveria existir. Todo mundo tinha que ser igual, mas tem que existir cota para negros, exatamente por causa da desigualdade”, afirma.

A participação na Escola CIEDS, que resultou na formulação do Projeto, foi fundamental para que os jovens identificassem a questão da negritude e da cultural afro-brasileira como objeto de trabalho. segundo eles, Foi nos debates e nas atividades propostas durante o curso que o grupo começou a perceber a importância de trabalhar com o tema. A estética afro é uma forma de valorização e aumento da auto-estima do negro. Uma das premissas do projeto aponta a importância da aceitação da beleza da africanidade.