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Pontes para o Futuro revela novas formas de se comunicar e gera a reflexão sobre contos, história, direito e educação

Notícia
30 março 2012
Pontes para o Futuro revela novas formas de se comunicar e gera a reflexão sobre contos, história, direito e educação

Ideias, vontades e pensamentos, literalmente, ao vento. Foi assim que começou a manhã da última terça-feira, dia 27 de março, na Escola São Tomás de Aquino, no Rio de Janeiro.

O Escritor e Contador de Histórias Augusto Pessôa foi convidado pelo Projeto Pontes para o Futuro a proporcionar uma manhã diferente para os alunos dos 8º e 9º anos da Escola São Tomás de Aquino e a pensar com eles novas técnicas e formas de comunicação, entre as inúmeras possíveis.
A proposta dada por ele foi a troca de ideias e a invenção de histórias de maneira lúdica e divertida: aviões feitos de papel e uma caneta para cada um. Cada aluno escrevia no avião uma frase que viesse à mente e o jogava para o centro da sala. Eles pegavam o avião mais próximo, completavam a frase do colega anterior e assim, sucessivamente.

O resultado foram histórias escritas por várias mãos, seguindo caminhos diferentes. É é exatamente o que o Pontes para o Futuro visa a proporcionar aos jovens desta escola.

Juntos desde novembro de 2011, o CIEDS e a Fundação Itaú Social / Instituto Unibanco executam o projeto Pontes para o Futuro, voltado para os alunos da Escola Municipal São Tomás de Aquino com o objetivo de fomentar a permanência destes na rede formal de ensino, visando à ampliação das oportunidades de formação e das perspectivas de futuro dos jovens - a maior parte oriunda das comunidades Chapéu Mangueira e Babilônia- por meio de oficinas e atividades de integração entre a escola e suas famílias A ideia é construir pontes sólidas que permitam a caminhada desses jovens em direção a um futuro promissor.

A atividade na terça-feira, 27, não terminou com os aviões. Augusto Pessôa narrou um de seus contos, deixando os alunos envolvidos com a apresentação e mostrando que, ao contrário do que muitos pensam, a contação de histórias não é apenas para crianças.

Além da participação de Augusto Pêssoa, Anderson da Silva, mais conhecido como Lula, foi também convidado a contar para os alunos um pouco de sua trajetória de vida. Morador do Chapéu Mangueira e primo de um dos maiores traficantes da história da favela, Lula falou com emoção dos vários amigos que já perdeu para o tráfico, trouxe reflexões sobre direito e igualdade e lembrou da importância de se orgulhar de suas raízes, lutar pelos seus direitos e decidir pelo caminho – nem sempre mais fácil- da educação.