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Mulher Atuação: Resultados da Consulta Participativa de Mogi e Suzano são entregues à CMPI da Violência contra a Mulher

Notícia
10 julho 2012
Mulher Atuação: Resultados da Consulta Participativa de Mogi e Suzano são entregues à CMPI da Violência contra a Mulher

Os números da violência são alarmantes no Brasil e no mundo. Independente de raça, faixa etária, religião e classe social. Segundo pesquisa Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil, realizada pelo Instituto Avon/Ipsos em 2011, seis em cada dez brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica. Dos entrevistados, 59% mulheres e 48% homens não confiam na proteção jurídica e policial nos casos de violência doméstica, sendo que 52% acham que juízes e policiais desqualificam o problema.

Mudar o panorama exige a participação de toda a sociedade nas políticas públicas, enfrentando a violência contra a mulher e lutando pela equidade de gênero. O projeto Mulher Atuação – parceria do CIEDS com a Kimberly-Clark – faz sua parte ao promover ações e estimular atitudes que visam a melhoria da qualidade de vida das mulheres de bairros de Mogi das Cruzes e Suzano, ambas as cidades da região metropolitana de São Paulo, por meio da garantia de seus direitos.

Para isso, o Projeto participa dos debates sobre políticas públicas direcionadas às mulheres, como audiência pública da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência contra a Mulher ocorrida na Assembleia Legislativa de São Paulo em 29 de julho. O evento teve a presença da relatora da CPMI, senadora Ana Rita, da vice-presidenta, deputada federal Keiko Ota e das integrantes da Comissão, senadora Marta Suplicy e deputadas federais Janete Pietá e Aline Corrêa.
 
Do Mulher Atuação estavam a analista de projetos Clarissa Cintra e as facilitadoras Marta Vieira e Célia Tolentino acompanhadas de Nice Couto, presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) de Suzano e de Rosana de Sant´Ana Pierucetti, presidenta do Conselho Municipal da Mulher (COMMulher) de Mogi das Cruzes, além de outras representantes deste Conselho. Elas ouviram os pronunciamentos de vários setores da sociedade (governo, ministério público, movimentos sociais e de mulheres, promotoria e defensoria de justiça).

Na audiência, por meio de denúncias e dados, ficou evidenciado que São Paulo ainda não presta o atendimento adequado às mulheres. Fato que também emergiu nos resultados da Consulta Participativa realizada pelo Mulher Atuação em Mogi das Cruzes e Suzano. Como na capital paulista, nesses municípios há falta de defensores públicos no interior, as delegacias não estão preparadas, dificuldade de manutenção dos centros de referência, poucas varas especializadas e problemas na elaboração de inquéritos. Aproveitando a ocasião, as presidentas dos Conselhos Nice e Rosana entregaram o relatório da Consulta Participativa.

Para o Mulher Atuação, o trabalho junto aos Conselhos de Direitos das Mulheres das duas cidades mostra-se de grande importância, pois é no alinhamento político e na atuação conjunta que se constroem e fortalecem as relações Projeto-Conselhos-Comunidade.