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Metodologia de jogos de guerra são aplicados à negócios

Notícia
3 outubro 2012
Metodologia de jogos de guerra são aplicados à negócios

No sábado, 29 de setembro, os jovens do Programa Shell Iniciativa Jovem (IJ) passaram o dia na Escola de Guerra Naval (EGN), na Urca, no Rio de Janeiro, participando do ‘Jogo de Negócios’, atividade promovida pelo Laboratório de Simulações e Cenários (LSC), em parceria com o CIEDS e com a própria Escola.

O ‘Jogo de Negócios’ recriou o dia a dia do mercado utilizando a metodologia de jogos que simulam ocasiões como de uma guerra, ou de um país em estado de calamidade. As semelhanças entre as situações são inúmeras: desde o trabalho em equipe, passando pela necessidade do raciocínio analítico, do poder de argumentação e da visão global.

O Laboratório de Simulações e Cenários, instituição de pesquisas científicas que derivam nas experimentações feitas no Centro de Jogos de Guerra da Escola de Guerra Naval, desenvolve, essencialmente, jogos de simulação que respondam às demandas da Marinha e demais agências do Estado.

Foi a primeira vez que o Laboratório fez a aplicação de jogos para empresas. Segundo Sabrina Medeiros, professora adjunta de Relações Internacionais da EGN, esse foi um dos motivos que os fez querer enfrentar o desafio. “A Marinha do Brasil está entre as únicas cinco do mundo que têm software de jogos próprio. Temos um enorme expertise e é sempre muito importante testarmos nossas metodologias em diferentes cenários.”

Para a criação de um jogo que simulasse o contexto competitivo do mundo empresarial, no qual os participantes pudessem exercitar os conhecimentos de gestão, marketing e finanças, o Laboratório contou com o apoio do professor Elmo Gomes, do IAG PUC-Rio, responsável pela modelagem do jogo e pela definição de parâmetros relacionados às variáveis do mercado.

Os 34 jovens se organizaram em grupos de cinco e quatro membros e receberam o briefing. O desafio era que eles representassem sete empresas de controle de pragas e higienização que trabalhariam para conseguir o melhor desempenho diante da concorrência. Depois de analisarem o contexto, os jovens se separaram em diferentes salas e foram estimulados a discutirem e tomarem decisões. O software, que era alimentado pelas informações registradas em cada um dos sete computadores, se comportava como o próprio mercado, sofrendo os impactos de todas as decisões tomadas e apresentando resultados como a posição no mercado, a rentabilidade e o lucro de cada uma das empresas.

“Os participantes tiveram a oportunidade de colocar em prática aquilo que aprenderam durante o programa sem sofrer as consequências reais.” Disse Elmo.

Para ele, que além de professor é microempresário, participar de um jogo de simulação como esse é uma oportunidade de exercitar as tomadas de decisão e trabalhar o espírito de cooperação. “O jogo é em grupo para que eles percebam a importância do consenso quando se trabalha em sociedade.”
Para Luana Landrini, participante do Shell Iniciativa Jovem e dona de seu próprio empreendimento, esse foi um grande aprendizado. “A maior dificuldade não é aceitar um novo olhar sobre a sua ideia, porque isso aprendemos bastante durante o programa, mas sim convencer e ter que argumentar o que você pensa. É muito difícil se fazer entender dentro de um grupo”. 

O modelo escolhido para o Jogo de Negócio definiu como parâmetros: investimento de marketing, preço e nível de serviço. Para a execução da atividade estiveram presentes a equipe do Shell Iniciativa Jovem, a equipe do Laboratório de Simulações e Cenários, Thiago Gaillac e o Comandante Renato Cruz, peritos que compuseram a banca de avaliação junto a Rodrigo Lins, gerente do IJ.